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Lenhador
03:27
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Lenhador, o que tu faz/ sabes não faz tão bem aos demais/ mas lenhador tens que fazer/ como se diz é o seu dever/ Então, derrubas/ as casas dos que sabem voar/ então, gritas: madeira/ Depois senta para contar/ quantas voltas haviam ali/ ela estava para completar/ mais um ano de vida com suas amigas/ mas lenhador enxugue essas lágrimas/ antes que misture com seu suor/ as árvores nascem crescem e morrem/ lembre-se o que disse o seu patrão/ oh não! / Lenhador, volte aqui/ não dê ouvidos ao seu coração/ veja a fila de árvores/ não solte o seu machado no chão/ E se você não fizer/ saiba que outro fará/ Que seja outro a fazer então/ eu não.
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2. |
Aritmética
03:34
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Tempo passou tive de deixar de usar/ chinelos para ir para qualquer lugar/ e um terno nesse calor/ de Botafogo que põe fogo/ Não dá/ Outro ano/ e eu quis melhorar/ meus verbos e as contas de somar/ sentido fazer se alguém perguntar:/ E ai muitas vitórias, glórias ou histórias?/ Aqui parado como quem segura uma senha na mão / Aqui ao lado vendo a fila crescendo sempre em progressão/ aritmética/ vai e te mete a me decorar/ Já não dou mais entrevistas/ que é para não te deixar pistas/ que eu sei de cor as revistas/ da sala de espera da vida/ Bota fogo na aritmética/ bota fogo no terno e gravata/ bota fogo nas contas de somar/ bota fogo em todas as revistas/ bota fogo na sala de espera/ bota fogo nessa porra toda/ Botafogo/ bota fogo em mim/ Botafogo Mena Barreto/ Botafogo Voluntários da Pátria/ Botafogo Rua Sorocaba/ Botafogo sempre dentro de mim.
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3. |
Paquetá
03:25
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Todo mundo deveria ter só para si nessa vida/ um abrigo um lugar/ Todo mundo deveria pelo menos uma vez na vida,/ passear em Paquetá./ Paquetá parapapa/ Paquetá parapapapa parapapapa Paquetá/ Acorda de uma alfinetada levanta de uma rasteira/ vamos sem desanimar/ um susto, mais um tombo, outra peça, uma prece que te impeça/ outra vez de escorregar./ Volta aqui me dá um beijo antes de ir, e vai lá./
Atravessar o mar a nado nunca foi do seu agrado/ é melhor pegar a balsa e a tardinha retornar / Só para deixar registrado com os olhos marejados/ vou pensando logo logo vou voltar./ Para Paquetá parapapa Paquetá parapapapa parapapapa Paquetá/ Se não tiver como viajar, a gente fecha os olhos a gente chega lá/ Se não tiver do que se alimentar, a gente dá um beijo, espera a fome passar/ Se não tiver onde morar, a gente se abraça e nunca perde a graça/ Se não tiver como mais sonhar, a gente então acorda e volta a trabalhar.
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4. |
Ê Pimenta
03:12
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Ê pimenta chega de lhe aturar/ vez ou outra dá para deixar para lá / mas nem sempre rola de perdoar / coração batendo por outra./ Te belisca a língua/ queima a garganta / água a vista / e o nariz esquenta / muita gente não gosta, pouca gente aguenta. / Serve de tempero, contra o mal olhado / as vezes de cheiro, as vezes de galo / eu só queria um homem menos apimentado. / Ê pimenta chega de lhe aturar / vez ou outra dá para deixar para lá / mas nem sempre rola de perdoar / coração batendo por outra. / Verde, amarelo ou vermelha / venha da cor que lhe der na telha. / Verde, amarela ou vermelha / faz da nossa vida geleia. / Ê pimenta. / Verde, amarelo ou vermelha / com qual cor eu fico mais bela? / Para você só resta a vermelha / por me comer e achar que é groselha./ Sou pimenta.
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5. |
Sacolé
03:55
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Seguindo o seu conselho/ resolvi pedir de fruta / mas sacolé imita a vida e por pouco tempo dura / acabou. / e ninguém sabe quale / cê que sabe sacolé / cê que sabe sacolé / cê que sabe. / Suas tristezas e alegrias / amarradas num saquinho /
para que alguém te consuma e absorva seu carinho . / Te chamam de sacolé/ te chamam de sacolé / Eu me derreto por você / me põe na boca agora / me tira da geladeira / eu não tolero sua demora. / Já que ninguém sabe qualé / Se que sabe sacolé. / E ninguém sabe qualé / se é que sabe…
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6. |
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Meu maravilhoso amigo meu / Cadê você? Cadê eu? / Meu maravilhoso amigo meu / a busca junta por bagunça, encolheu / Meu maravilhoso amigo meu / tento chamar sua atenção, perco pr'outro lado da rua / meu maravilhoso amigo meu / tento marcar de devolver essa mania que é sua e que eu peguei. / Meu maravilhoso amigo meu / te telefono e dá engano, diz não tem com esse nome / Meu maravilhoso amigo meu / desde o colégio, desde o prédio, desde o que foi que aconteceu com a gente? / Já não somos mais sócios nas redes sociais / e o tal do instantâneo demora de mais / quase deu visita / mas naquela lá choveu / Em janeiro só chove/ e janeiro sou eu. / Procuro por registro mas são fotos digitais/ ninguém imprime essas coisas / digitais das pessoas / Tá faltando abraço / tá faltando verdade / Tá sobrando desculpa e depois / Tá sobrando saudade, mas não assumo. / Meu maravilhoso amigo meu / Entre nós um abismo / telefone sem fio / que o vento dissolveu / Eu me sinto sozinho / um e-mail vazio / que você nem respondeu.
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7. |
Creme Brulée
03:00
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Não me faça ter de escolher / entre você e o creme brulée / Você já venceu nossa TV / Você já venceu o Rio todo. / Não me faça ter de esperar / seu cabelo voltar a crescer / seu humor mudar / o verão chegar para sua perna aparecer. / Aproveita isso aqui / é nossa recompense / por tanta ausência / por tanto sufoco /tanto esporro, tanto choro, mas meu povo / Se eu voltasse no tempo / eu faria tudo de novo . / Te pedia pra casar / dividir uma pizza / te pedia para pagar o aluguel desse mês / te pedia pra coçar bem no meio das costas / e de noite pedia pizza outra vez. / E os anos vão passar bem melhor que nossas roupas / E eu vou reclamar só por esporte de você / É ao contrário eu sei, mas é assim que se gosta / e o gosto de te beijar é o gosto de creme brulée. /
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8. |
Merda
03:01
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Olha só você / essa garota acabou de aparecer / e já te deixou na merda. / É foda admitir que você já não consegue resistir / a esse jeito dela / de pular a janela / E deitar do seu lado / enquanto você dormia e sonhava com ela / pulando a janela /
e deitando do seu lado / num looping de coisas bonitas e cor amarela. / Olha só você / esse garoto nem sabe escrever / e já te deixou mais velha / pronta para casar e o resto da vida viver / num final de novella / pintado aquarela / Humilhando o seu passado / num presente tão bom desses que não se espera / e que acelera / o seu peito / que abobado / lhe pede reprise tão alto que se desespera/ Sua historia de amor no meu li - qui - di -fi - ca – dor / Olha só você / ao redor só tem você
e é sempre a mesma merda.
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9. |
Pendura
02:34
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Meia hora gasta na biblioteca / vendo gravuras velhas nas enciclopédias / Eu não lembro / porque entrei aqui / mas vim correndo então eu acho que fugi / De você não / pois seria tão cliché / melhor dizer então / que fugia do amor que sinto. / Seis cervejas dá para trançar as pernas / e eu negociando uma pendura na bodega / Eu não lembro que horas cheguei aqui / mas já faz tempo e eu acho que dormi / com você pois / está tudo tão diferente entre a gente / e eu não sei lidar / não sei lhe dar
com você / já que basta aparecer na frente / para eu querer mudar o dia da semana. / E agora minha vida é te evitar / mas torço para que um dia a gente esbarre / para repetir o lance de dormer / eu te despisto mas te queria aqui / na biblioteca / vendo gravuras velhas nas enciclopédias / ou tomando uma cerveja na bodega / enquanto você se pendura em minhas pernas.
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10. |
Balela
03:33
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imagine você e o fim de um cobertor / te escapando o pé / te escapando amor / difícil responder / daqui pra onde eu vou. / Te tendo segurar mas me escorre da mão / e lá se vai outra manhã / e lá se vai um ano em vão / difícil respeitar essa situação. / E o tempo prometeu mais não parou / balela / e o peito quis berrar mas acalmou / balela / devia levanter /mas eu quis cobertor / Imagine você ao lado de seu avô / como um momento bonus / como um novo domingo / imagine você nova chance em um velho amor / perdoando os ônus / voltando a ser amigos / imagine você sem esse cobertor / dançando certo a vida / sentindo o sol na pele / imagine que você agora é o cantor / tenta cuspir conselhos / tenta abrir os olhos / balela.
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11. |
Vincent William e José
03:46
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Vincent me escuta / eu sei é difícil para ti / também é difícil para mim
é difícil para todos nós / Vincent a luta não acaba depois de morrer / não acaba depois de dormir / não acaba nunca / desde que não seja em vão / que se van Gogh / que seja um Gole / de revolução. / William, o teatro / veste roupas de domingo / se faz de abstrato / mas ainda é menino. / Só não pense em desistir / se segure aqui / seja Shakespeare / e não deixe cair. / José, o muro / se ergue para dividir / diz que quer só sustentar / mas não vai sair dali. / Faça o cinza se colorir / seja gentileza /
dê sobremesa / pro meu coração.
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12. |
Toda canção um dia cansa
03:00
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Toda canção um dia cansa / toda canção um dia cansa / toda canção um dia cansa / E então cessa a dança / para logo ter de volta / a recomeçar outra vez no velho compasso 1, 2, 3, 4 / Toda canção um dia cansa / toda canção um dia cansa / toda canção um dia cansa / toda canção um dia / balança o coração de novo / e volta a molhar seu rosto / mesmo que os jornais não digam nada / mesmo que os jornais explodam essa minha canção / Ela existira dentro de mim / ela resistirá aqui cansada. / Toda canção um dia cansa / toda canção um dia cansa / toda canção um dia lança / aos céus o nosso enredo / e eu que já não tenho medo /
de cair no esquecimento / aqueço nesse momento / e avanço / a sua avenida a dentro /
avanço / a sua avenida eu adentro / avanço essa avendia a dentro.
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